sexta-feira, 10 de junho de 2011

Comentário de Filme: "X-Men: Primeira Classe"


X-Men: Primeira Classe (ou X-Men First Class, no original) foi, nos quadrinhos, uma minissérie criada, em 2006, pelo roteirista Jeff Parker e pelo desenhista (brasileiro) Roger Cruz e tinha por obletivo mostrar algumas aventuras inéditas daquela equipe original de X-Men criada em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby: Ciclope (Scott), Garota Marvel (Jean Grey), Fera (Hank), Homem-de-Gelo (Bobby) e o Anjo (Warren), sob a orientação de seu mentor Charles Xavier, o Professor X. A minissérie teve oito edições e, ao que parece fez relativo sucesso pois ganhou um título mensal, que teve 16 edições, e mais uma minissérie em quatro edições chamada "X-Men First Class Finals" (recentemente publicada no Brasil, pela Panini, em X-Men Anual #06). Destas, talvez apenas a primeira minissérie de 8 edições valham à pena. A partir daí, as histórias perdem vigor e tendem à infantilização. 
 




Bom, dito isto, é bom que fique uma coisa bem clara: o que o filme X-Men: Primeira Classe, em cartaz no país desde sexta-feira (03/06), tem em comum com essas edições em quadrinhos é apenas o título. O que, nesse caso, pode significar uma boa coisa.

De fato, não vemos no filme a formação original dos quadrinhos acima mencionada. Na verdade, o filme é mais um prólogo para a criação da equipe (o que não chega a ocorrer). O nome "X-Men" só é mencionado, no final, e ainda assim em tom de brincadeira, quando a divergência entre os protagonistas, Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender), já os fez trilhar caminhos diversos e Charles encontra-se já paralítico.
Assim, conquanto o filme faça uso de personagens que estão deslocados cronologicamente em relação aos quadrinhos -- há de se considerar também que era preciso respeitar os filmes já feitos, os quais também tinham lá sua incompatibilidades com as HQs --, acho que ele não compromete muito essa mesma cronologia. Como a maioria das histórias que contam a origem da equipe parte de sua formação -- e nesta categoria se incluem tanto o título original Uncanny X-Men (de 1963), como o alternativo Ultimate X-Men (de 2001) e a citada minissérie First Class, entre outros --, o filme X-Men: Primeira Classe tem um roteiro quase que inteiramente original.

Como já disse, o filme termina sem que haja propriamente a formação de uma "equipe de X-Men" (daí porque o título é um tanto impróprio). E isso é bom, pois dá o condão para que venham sequências da franquia "First Class". Algo pelo qual eu realmento estou torcendo!

X-Men - Primeira Classe, conquanto fruste as expectativas de quem espera um tremendo blockbuster repleto de efeitos especiais (o que não era o meu caso), é um filme eletrizante, com um roteiro surpreendentemente plausível, que empolga, desconforta e emociona o expectador. Marca a volta de Bryan Singer (diretor dos dois primeiros) à franquia, e a estréia do competente Matthew Vaughn (diretor de Kick Ass). É um filme sério, que serve também como um bom entretenimento. E, de resto, isso é tudo que um bom filme precisa!

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