terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Livro: A Alternativa do Diabo, de Frederick Forsyth

Já tive a oportunidade antes de falar sobre Frederick Forsyth e de algumas de suas obras. Estive recentemente lendo mais um de seus livros, que encontrei em uma edição bem antiga numa biblioteca aqui da minha cidade: A Alternativa do Diabo (Tradução de A. B. Pinheiro de Lemos. Superselles Record. 438 páginas) . Este é o sexto livro do autor que leio, sendo que foi o quinto que o ele escreveu. Pra não se tornar repetitivo, basta dizer que o livro serve para ratificar tudo que já disse sobre este autor. Mais uma vez, Forsyth acerta a mão, trazendo uma trama fictícia, mas absolutamente factível, com um ritmo narrativo intenso, ótimos personagens (tando reais como fictícios) e um final surpreendente. Para aguçar o desejo de futuros leitores, aí vaí uma pequena sinopse da história:

Escrito em 1979, e publicado em 1980, A Alternativa do Diabo (The Devil's Alternative) se passa no ano de 1982 (isso mesmo, dois anos no futuro!). Neste ano, devido a um erro dos cientistas-burocratas, os soviéticos veem-se diante de  uma crise iminente após o fracasso da colheita de trigo, o que leva a uma rebelião interna no Kremlin. Num clima de confronto e cooperação, os soviéticos trabalham com os americanos num difícil balé diplomático para chegar a uma solução para o problema. Ao mesmo tempo, um grupo de rebeldes pro-libertação da Ucrânia, começam a desenvolver secretamente um ousado plano para libertar seu país da opressão Russa.

O Presidente russo, Max Rudin, aceita a proposta norte-americana de assinatura do acordo SALT, um tratado de limitações das armas nucleares em troca da venda, por parte dos EUA, de seu excendente de 55 milhões de toneladas de cereais. Porém, a posição do Presidente Rudin não é pacícifica. Ele enfrenta uma concorrência dentro do próprio Politburo, liderada pelo teórico do partido, Yefrem Vishnayev. Apoiado pelo Ministro da Defesa e Comandante do Exército Vermelho, o Marechal Kerensky, Vishnayev defende a Guerra como única solução viável para a crise enfrentada pela União Soviética. Rudin consegue vencer a facção de Vishnayev, mas por uma pequena diferença.

A situação torna-se insustentável, quando o chefe do KGB, Yuri Ivanenko, é assassinado por revoltosos ucranianos numa rua de Kiev. A divulgação da morte de Ivanenko poderia gerar tremenda desconfiança na população a ponto de levar à queda de Rudin e à ascenção de Vishnayev ao poder, o que resultaria numa nova guerra. Rudin determina que a morte de Ivanenko seja mantida em segredo do restante do mundo até que seus assassinos sejam descobertos e mortos. Ele ainda não sabe que os assassinos são os dois terroristas judeus que se encontram presos numa penitenciária em Berlim Ocidental, após fugirem da Ucrânia sequestrando um avião de passageiros russo e matando, acidentalmente, o piloto.

A tensão fica quase insuportável com o sequestro do superpetroleiro Freya, o maior navio já construído. Os sequestradores exigem a libertação dos dois prisioneiros na Alemanha e seu envio até Israel, com garantia de salvo-conduto. Caso suas exigência não sejam atendidas, ameaçam explodir o navio, com seu comandante, tripulação e a carga de 1 milhão de toneladas de petróleo por todo o Mar do Norte. 

O Presidente dos Estados Unidos vê-se então diante de um terrível dilema, sem opção. Governantes de diversos países e seus ministérios, agências de serviços secretos, meios de comunicação, navegação, forças armadas - todos começam a se mobilizar para chegar a uma solução para o impasse que, em qualquer uma de suas alternativas, representa consequências catastróficas.

Concluindo, e parafraseando um importante jornal americano, "quando se trata de espionagem e intriga internacional, Frederick Forsyth é o Cara!".

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