quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Filme: Capitão América - O Primeiro Vingador (2011)


Quando foi anunciada a criação da Marvel Studios, por volta de 2006-2007, eu fiquei receoso. Até então a Marvel sempre contara com a colaboração de grandes companhias (como a 20th Century Fox, a Sony e a Universal) para as suas adaptações. Mas agora ela se propunha a fazer seus próprios filmes? 





O primeiro projeto do novo estúdio também não me parecia muito promissor: Homem de Ferro. Pra mim, o Homem de Ferro era então um herói do segundo escalão e um filme seu estaria fadado a uma recepção morna, assim como acontecera com os filmes do Demolidor e do Justiceiro.



Já naquela época, se não me engano, falava-se na possibilidade de um filme dos Vingadores. Antes, porém, mister fazia-se apresentar os heróis que compunham o grupo em seus próprios filmes. Além do Homem de Ferro, Thor e Capitão América. Eu estava muito descrente então. Mesmo que saíssem tais filmes, eu temia pela qualidade.


Mas aí, em 2008, saiu o primeiro Homem de Ferro e, pra minha surpresa, o filme foi um sucesso: bem recebido por público e crítica, o filme elevou o personagem a uma das figuras centrais do Universo Marvel. E deu ânimo novo às adaptações de super-heróis. Já então, eu comecei a pensar que o projeto de um filme dos Vingadores poderia realmente vingar. Bastaria apenas que fosse tão bom quanto HF!

Em 2010, saiu o segundo Homem de Ferro, que manteve o sucesso do primeiro, e foram anunciados para o ano seguinte as adaptações de Thor e Capitão América. Destes, o que eu mais receava era o do Capitão América. A começar pelo próprio personagem: desde que amadurecera um pouco, eu via o personagem como o típico -- com o perdão da palavra -- "cuzão", um cara que ostentava as cores de seu país no uniforme e que queria fazer tudo certinho (do ponto de vista norte-americano). Era o convite para uma adaptação cheia daquela velha e irritante patriotada americana. Outra preocupação referia-se à abordagem (como bem ilustra o recente X-Men - First Class, a abordagem certa pode fazer toda a diferença): o contexto das histórias do Capitão América nas HQs não me parecia muito plausível para a época atual. Porém...


Capitão América - O Primeiro Vingador chegou aos cinemas nacionais em julho deste ano e foi mais uma grata surpresa. O filme não só conseguiu aquela abordagem correta, como apresentou o personagem em tons melancólicos e, ao mesmo tempo, cativante. 

O primeiro problema foi resolvido situando-se a história do filme em sua totalidade no período da Segunda Guerra Mundial (exceto a curta cena inicial e a estonteante cena final). Foi nessa época que o personagem surgiu nos quadrinhos e suas façanhas serviam para acalentar os espíritos da população, afastando-os da crua realidade da guerra. Assim, é esse período conturbado, da tensão, da espionagem, e também das festas para distrair o público, que serve de pano de fundo a boa parte da primeira metade do filme. Aliás, outro grande acerto do filme é, justamente, não ter pressa em mostrar a origem do herói, ou, melhhor dizendo, em transformar Steve Rogers no Capitão América. Pois cada minuto do que acontece antes disso é tão (senão mais) apreciável do que o que vem depois.

Quanto ao meu outro receio, ele foi superado pela grande atuação de Chris Evans -- que nem de longe te deixa lembrar do insosso e desleixado Johnny Storm, dos dois Quarteto Fantástico. Como já mencionei antes, ele apresenta um Steve Rogers carismático, com alguns traços melancólicos, que cativa o público.

Na minha opinião, o filme é ótimo, melhor que Thor e tão bom quanto o primeiro Homem de Ferro. É um filme que vale à pena por si só, e não apenas como prólogo para Os Vingadores; diminuiu meus receios em relação a este e só fez aumentar minhas expectativas.

Para quem quer uma prévia da trama, aí vai: o filme mostra a origem do Capitão América (ou Steve Rogers), desde as suas sucessivas tentativas frustradas de se alistar no exército de seu país durante a Segunda Guerra Mundial; as brigas de rua em que se envolvia por ser incapaz de fugir de uma briga (é numa delas que ele conhece seu futuro parceiro, James Barnes (o Bucky), que então já era alistado); a escolha de Steve pelo Dr. Erskinne (Stanley Tucci) para o projeto Renascimento, uma experiência científica destinada a criar Super-Soldados para a guerra; o seu treinamento com outros cadetes sob o comando do oficial linha-dura interpretado por Tommy Lee Jones; a realização do experimento que o transformaria no Cap. América, com o Dr. Erskine sendo assassinado logo em seguida por um espião nazista, este por sua vez capturado depois de uma fantástica perseguição naquilo que foi o "batismo de fogo" do novo Steve Rogers; daí pra frente, a popularidade do soldado, que virou, literalmente, "garoto-propaganda" do exército americano; sua primeira missão, quando, agindo de forma clandestina, libertou um pelotão de 200 homens (entre os quais estava Bucky), que haviam sido capturados pelo inimigo; as inúmeras missões que vieram em seguida; e, finalmente, o confronto final contra o Caveira Vermelha (Hugo Weaving -- mais conhecido como o Agente Smith, de Matrix), líder da organização secreta Hidra, que objetivava sobrepujar o próprio Hitler e, para isso, se apoderara de um artefato místico poderoso: o Cubo Cósmico (esclarecendo, assim, a cena pós-créditos de Thor).


Após os creditos do filme, há uma excitante prévia do que será Os Vingadores!

Um comentário:

  1. Amei, Meu Idolo!!! Gostei do filme + acho que OS VINGADORES é que vai virar modismo. Achei um luxo a MARVEL passar a produzir seus herois. Ninguém melhor que eles pra estabelecer o que é + proximo do gibi e dos fãs. Vi Jonah Rex tb... ficou perfeito. Bjãozão.

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